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Como lidar com a concorrência

Nos Estados Unidos, desde 1994, momento que marcou o início do e-commerce em grande escala, somente duas empresas se mantêm, firmes e fortes: eBay e Amazon. Se avançarmos um pouco no tempo, levando em consideração somente o período entre 1999 e 2014, absolutamente nenhuma empresa com capital aberto foi capaz de atingir o valor de mercado de US$ 2 bilhões – cerca de R$ 5 bilhões.

O cenário norte-americano de empreendimentos digitais

Nos EUA o que ocorre é que o mercado se concentra em torno de uma grande empresa, que gera valor econômico, mas não exatamente lucro. Desse modo, essa “major” – como o caso da própria Amazon – leva seu resultado a zero – porque investe em pesquisa e desenvolvimento, o que lhe garante a primazia do mercado, por prazo longo.

O cenário de empreendimentos digitais no Brasil

Nosso mercado, ainda mais complexo e novo, guarda suas particularidades. Por um lado, o case de uma empresa, do ramo de varejo, que viu suas ações se elevarem em 200% – em somente 5 anos –; por outro, empresas que apresentam perda ao longo do tempo e só mais tarde recuperam seu valor inicial. Grandes empresas quebram ou mudam de ramo, outras pedem recuperação judicial.

Como pequenas empresas podem competir no mercado online

Como vimos, o mercado – sobretudo o digital – é repleto de sutilezas que podem levar uma pessoa que está começando na vida de empreendimentos a não ter sucesso em sua estrada. Desse modo, grandes nomes têm força no mercado, enquanto os pequenos ficam inseguros de assumir uma posição nesse contexto.

De qualquer forma, uma pergunta se faz importante: precisa ser desse modo? Cremos que a resposta a esse questionamento seja: não. Vamos investigar um pouco sobre algumas dicas que ajudam a entender melhor esse jogo, e farão com que os menores empreendedores possam conquistar seu espaço e – por que não? – incomodar as grandes empresas. Aprenda a lidar com a concorrência:

Dica #1 – Foco é a chave

Não partir para um enfrentamento com as maiores empresas, evitando atuar em suas áreas de dominação. Em outras palavras, o foco das pequenas deve ser absoluto: em vez de oferecer muitas marcas e fabricantes, deve-se ofertar ao público apenas um nicho. Desse modo, pode-se criar uma marca única e tê-la como seu principal ativo – assim, o meio digital servirá tão-somente para distribuição dos produtos.

Dica #2 – Experiência de compra do consumidor

O cliente precisa estar satisfeito. Essa é uma regra do marketing que não perde seu valor, jamais. Então, a experiência do consumidor em sua empresa precisa ser valorizada, de modo a que esse visitante tenha desejo de comprar mais vezes. Para isso, diversos elementos contam: layout do site, tempo de carregamento da página, webdesign, textos, entre outros.

Dica #3- Relação entre físico e virtual

Caso você tenha uma marca física, perceber qual o potencial de expansão caso sejam agregadas ações no meio virtual. Ao mesmo tempo, caso você saiba atuar no meio digital e não tenha uma marca, pode tentar apoiar uma grande marca física e, com isso, atrair audiência e tráfego.

Dica #4 – Poder de fogo das mídias sociais

Não desprezar a força das mídias sociais, combinadas a aspectos como a portabilidade, armazenamento em nuvem e o próprio conceito de big data. Redes sociais, por suas características de interação e relacionamento, são as trincheiras da revolução do segmento de comércio.

Embora não haja uma resposta única – tampouco uma fórmula mágica – não é algo impossível saber como lidar com a concorrência, tampouco chegar a conquistar uma fatia de mercado, sendo pequeno. O mundo está aberto às novas ideias. Temos de manter em mente que até o saudoso Steve Jobs já passou uma parte da vida produzindo seu computador em uma garagem. Era o começo da Apple. Não hesite em começar e empreenda!

Por Ricardo Zacho

Co-fundador da MZclick, professor e especialista em Search Marketing.